A realidade virtual ainda é muito vista como uma ferramenta para melhorar a experiência em games. Mas a tecnologia tem a capacidade para mudar paradigmas em vários setores, e o varejo é um deles.

Neste artigo, vamos apresentar a relação entre realidade virtual e varejo, mostrando de que forma essa novidade, que já é vista como uma tendência de tecnologia, pode ser inserida em um dos setores de maior movimentação da economia. Leia até o fim para se posicionar na vanguarda do mercado!

O que é realidade virtual?

Chamamos de realidade virtual (RV) a tecnologia de interface que tem a capacidade de enganar os sentidos do usuário, fazendo com que ele ou ela se sinta em um ambiente diferente do seu. Isso é conseguido por meio de softwares que emulam ambientes e cenas, aliados a gadgets, como os óculos de RV, que garantem a imersão dos sentidos.

Algumas décadas atrás, a realidade virtual era uma tecnologia presente somente em alguns contextos muito específicos, como em brinquedos altamente tecnológicos nos parques da Disney e em simuladores de grande complexidade. Mas, como toda tecnologia, ela se popularizou, e hoje está presente em muitas residências, junto com os aparelhos celulares.

Atualmente, a maioria das pessoas já têm uma boa noção do que é a realidade virtual, mas ainda é comum a confusão dessa tecnologia com a realidade aumentada (RA). Ao contrário da RV, a RA não promove uma imersão. Em vez disso, essa tecnologia tem como objetivo inserir elementos na realidade por meio de gadgets, como tablets e smartphones.

Qual a relação de realidade virtual e varejo?

O varejo vem experimentando uma série de mudanças nos últimos anos, provocadas principalmente pelo novo perfil de consumidores. Em uma sociedade em constante transformação, as pessoas têm dado mais valor à experiência de compra do que ao produto em si, e isso tem uma série de impactos na forma como se consome.

Mas ainda há muitas outras mudanças a caminho, e a realidade virtual será a capitã de várias delas. Veja a seguir algumas situações em que a RV pode atuar no segmento do varejo.

Melhorar a experiência de compra

Em alguns setores, o cliente pode ter uma certa dificuldade em enxergar a aplicação dos produtos no seu cotidiano. A realidade virtual pode auxiliar nisso.

Imagine, por exemplo, uma pessoa que vai a uma loja de decoração escolher novos adereços para sua casa. Como ela vai ter certeza de que os itens escolhidos combinam com as peças que já tem antes de fazer a compra? A RV pode oferecer um caminho para isso, simulando o ambiente do consumidor e garantindo que ele está fazendo uma compra que atende às suas necessidades.

Personalização

A centralidade do usuário é um dos princípios basilares da realidade virtual. No varejo, há uma série de possibilidades de personalização da interface, de forma a atender perfeitamente o consumidor.

Uma marca de maquiagens, por exemplo, elaborou um software de RV que consegue mostrar no rosto da própria cliente as diversas etapas da aplicação dos produtos nos quais ela está interessada. 

Agilizar o planejamento da disposição de produtos

O posicionamento dos produtos em uma loja é um dos principais critérios que influenciam nas vendas. Portanto, o planejamento dessa disposição deve ser realizado com cautela e de forma estratégica.

Porém, mesmo com todo o planejamento, verifica-se que há coisas que ainda não estão no melhor lugar, e então é necessário um grande esforço para trocar produtos de lugar. A RV pode otimizar esse processo. Com um software que simule a loja, será possível ver na prática essa disposição dos produtos antes de começar a abrir as caixas.

Otimizar treinamentos

A realidade virtual já é usada em treinamentos em áreas que envolvem grandes riscos, como a aviação. Mais recentemente, a legislação de trânsito brasileira incluiu horas de treino em simuladores antes que o candidato a motorista saia para as ruas. No varejo os treinamentos também podem se beneficiar dessa tecnologia.

Os programas podem simular o cotidiano nas lojas, apresentar situações difíceis para o colaborador encontrar soluções, colocá-lo em desafios como atender um grande grupo que entra na loja ao mesmo tempo, ou realizar a limpeza correta do ambiente e de equipamentos. Tudo de uma forma mais divertida e utilizando menos recursos.

Ofertar mais mix de produtos

Algumas lojas têm um espaço físico pequeno e oferecem um mix muito maior de produtos do que os expostos. Isso pode prejudicar as vendas, considerando que, se o cliente não vê os produtos, não vai comprá-los.

A RV resolve também essa questão, pois o mostruário pode ser expandido com o uso da tecnologia. A loja pode, por exemplo, colocar os produtos da estação no mostruário, mas disponibilizar itens de outras coleções para que o cliente veja pela interface de realidade virtual.

Conseguir mais dados dos clientes

Nas vendas online, a realidade virtual oferece incontáveis possibilidades de interação com os consumidores. Imagine um e-commerce de roupas, por exemplo, que ofereça aos clientes uma cabine virtual, na qual eles podem “provar” as peças, ver o caimento, tamanhos e outros fatores.

Para isso, o consumidor precisará fornecer dados pessoais, como suas numerações nas diferentes peças de roupa. Esses dados podem ser guardados pela empresa, de forma a realizar uma oferta mais certeira para esse mesmo cliente em compras futuras. A loja também pode guardar informações sobre as peças escolhidas e também as provadas, com a mesma intenção.

Interatividade

Assim como a personalização, a interatividade é uma outra base da realidade virtual — afinal, sem o usuário para interagir com a tecnologia, ela simplesmente perde sua razão de ser. No entanto, o potencial comercial dessa interação ainda está longe de ser bem explorado para o varejo.

Um bom exemplo de como a RV pode ser usada nesse aspecto foi dado pela marca de roupas Tommy Hilfiger. A empresa ofereceu aos seus clientes a oportunidade de assistir da primeira fila a um dos concorridíssimos desfiles de coleção.

Realidade virtual e varejo têm uma relação que ainda está no início. Algumas redes mais vanguardistas já começaram a fazer alguns testes das potencialidades dessa ferramenta para o setor, mas o céu definitivamente é o limite nesse campo, e as mudanças serão ditadas pela capacidade de inovação das marcas.

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