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Um assunto que está em alta no momento e que vem sendo bastante debatido no meio organizacional é a cultura da inovação em pequenas empresas. Trata-se de uma realidade que se potencializou com as startups e que hoje é buscada por empresas pequenas, médias e grandes.
Mas o que é, de fato, a cultura da inovação? Para compreender essa ideia é preciso buscar uma definição para cultura, que de acordo com o teórico José Clemente Pozenato é uma teia de significados que se cria e recria com o passar do tempo.
A cultura organizacional, portanto, é um conjunto de valores, sentimentos e significados que norteiam as atividades de uma empresa. Trata-se de algo cíclico e que pode ser reelaborado com o passar do tempo, devido a uma série de fatores envolvidos.
Para que a cultura seja sempre inovadora e que os colaboradores façam parte desse processo, é importante que as empresas adotem uma série de boas práticas. Por isso, listamos algumas dicas para empresários e gestores que desejam criar uma cultura da inovação em pequenas empresas, começando pelo setor de TI. Acompanhe.
A inovação não é algo que acontece naturalmente, ela precisa ser estimulada. Assim sendo, é preciso ter uma gestão inovadora, que estimule e gerencie as boas ideias que os colaboradores têm nas empresas.
Na área de TI, por exemplo, uma gestão inovadora é aquela que dá liberdade para que os funcionários do setor possam desenvolver softwares e novas tecnologias. Assim, são criados métodos que melhoram o trabalho das outras áreas da organização, em vez de fazer um trabalho extremamente técnico, apenas solucionando problemas e “apagando incêndios”.
Por trás de grandes negócios existem grandes pessoas, e para que isso aconteça é preciso escolher funcionários que tenham um pensamento similar ao da cultura da empresa. Esse processo seletivo baseado em valores é chamado de fit cultural.
Além de ter rigor nos processos de seleção, após os colaboradores serem contratados, recomenda-se que eles sejam sempre testados e avaliados, para saber quais têm potencial para assumir cargos de liderança no futuro e até mesmo se eles mantêm-se alinhados a cultura da organização.
No início deste artigo citamos o estudioso Pozenato, que desenvolveu um conceito interessante para a cultura. O autor do livro “Processos Culturais: Reflexões Sobre a Dinâmica Cultural” também comenta em sua obra que é o ambiente um dos fatores que colaboram para o desenvolvimento de uma cultura.
Para esse teórico, uma criança japonesa, se adotada por uma tribo indígena assim que nascer, obviamente, adotará em seu dia a dia as práticas tidas pelo povo que a criou, apesar de não ter os seus mesmos traços físicos.
Transportando essa realidade para o meio empresarial, podemos dizer que as organizações que tem um ambiente propício para o desenvolvimento da inovação fazem com que os colaboradores também desenvolvam uma personalidade inovadora. Uma empresa altamente burocrática e com líderes autoritários desenvolve uma atmosfera negativa, que faz com que os funcionários sejam meramente operacionais e pouco proativos.
Vivemos em plena era digital e, por isso, é preciso digitalizar os negócios, tendo o setor de TI um papel importante nesse sentido. Por meio de softwares de gestão que facilitam as rotinas administrativas, por exemplo, é possível fazer com que as atividades burocráticas sejam realizadas mais rapidamente. Isso faz com que os colaboradores consigam desenvolver mais o seu lado estratégico e menos o operacional.
Para que os negócios se desenvolvam digitalmente, é preciso que a cultura da inovação tenha início no setor de TI, pois é essa área da empresa a responsável pelo desenvolvimento de novas tecnologias para os demais departamentos da organização. Além de ser aquela que detêm os profissionais mais capacitados para buscar e testar novas ferramentas.
Uma empresa inovadora precisa encontrar soluções hiperconvergentes, ou seja, centralizar diversas funções em uma mesma solução. Uma amostra de algo hiperconvergente são os smartphones. Esses aparelhos reúnem em um mesmo equipamento o telefone, a câmera fotográfica, a agenda, entre outras ferramentas que, antigamente, exigiam ser utilizadas de forma separada.
No meio empresarial, uma solução hiperconvergente pode ser um software de gestão que serve tanto para o controle das rotinas do setor de recursos humanos, quanto para o desenvolvimento de relatórios contábeis para o departamento financeiro, além do controle de estoque para a área de logística, por exemplo.
Ferramentas de Big Data facilitam o uso da base de dados das empresas para que elas gerem soluções para o negócio. Por isso, é preciso estar atento para aquilo que está armazenado nas bases da organização. Endereço dos clientes, as profissões que eles exercem, seu gênero e faixa etária, entre outras informações podem ser úteis para a organização de modo geral.
Campanhas de marketing são muito mais assertivas quando são estruturadas e direcionadas para um público-alvo correto. Com ferramentas analíticas é possível extrair esses dados da base da empresa e cruzá-los com informações externas sobre os hábitos de consumos desse possível cliente, por exemplo. Traçando assim um perfil completo desses consumidores.
Uma maneira interessante para incentivar a inovação nas empresas é a criação de laboratórios de inovação no setor de TI. Assim, novas tecnologias podem ser sempre debatidas, criadas e testadas internamente para depois serem implementadas nas demais áreas da empresa.
O setor de TI é o mais indicado para iniciar com esses laboratórios, isso porque ele é considerado o desenvolvedor de novas tecnologias. No entanto, isso não quer dizer que pessoas de outras áreas como; marketing, recursos humanos, engenharia, entre outros setores da empresa não podem participar desses laboratórios.
Pelo contrário, a presença desses profissionais é importante, pois eles podem colaborar com a visão de especialistas das suas áreas, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de tecnologias realmente eficazes para a empresa.
Seguindo as nossas orientações, temos a certeza de que você conseguirá criar uma excelente cultura da inovação na sua empresa, algo que pode iniciar pela área de TI e, paulatinamente, se espalhar para os demais departamentos da organização.
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