Robotização no TCU busca lisura nos gastos públicos federais
Compromisso com o dinheiro público
Robotização no TCU busca lisura nos gastos públicos federais
A Alice, a Ágata, a Carina a Mônica e a Adele fazem parte de um time que atua incansavelmente em defesa da lisura nos gastos públicos federais. Elas vasculham diuturnamente o Diário Oficial da União, o portal de compras do governo federal (comprasnet.gov.br/) e outras fontes de informação, em busca de indícios de irregularidades, erros ou outras circunstâncias que possam redundar em mau uso do dinheiro público. Elas não são servidoras, nem poderiam ser, considerando-se o tamanho da missão. São robôs, desenvolvidos e treinados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para um fim específico: zelar pelos recursos federais.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil, em março de 2020, até 31 de agosto, a Ágata, um dos robôs do TCU, rastreou R$ 218 milhões em contratos e licitações relacionadas à crise sanitária. Quem informa é Tânia Lopes Pimenta Chioato, Auditora Federal e titular da Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logística (Selog) do TCU. Segundo ela, no último dia do mês de agosto existiam 24 processos em tramitação no Tribunal, selecionados a partir da ação da máquina.
A Selog é uma das grandes usuárias da robotização no TCU. A Secretaria é responsável por controlar contratos e licitações de compras em todo o Brasil, o que resulta num grande volume de trabalho. Nesse sentido, os robôs são uma colaboração inestimável, por automatizarem boa parte do trabalho, fazendo testes de possíveis irregularidades, avaliando os níveis de competitividade e procurando indícios de outras desconformidades. Após a triagem inicial das máquinas, os profissionais entram em ação para tratar as informações geradas automaticamente. “Os robôs dão os alertas que direcionam a atuação dos auditores”, descreve Tânia.