Secretaria do Tesouro Nacional (STN)

Portal de Custos da Secretaria do Tesouro Nacional quer difundir nova cultura no uso dos recursos públicos federais.

Gastar com responsabilidade

Portal de Custos da Secretaria do Tesouro Nacional quer difundir nova cultura no uso dos recursos públicos federais.

Em tempos de turbulência econômica, controlar custos é essencial. Desde os executivos de grandes conglomerados, até as donas de casa de orçamentos mais modestos, todos os brasileiros e brasileiras estão preocupados em gastar com responsabilidade nesses últimos anos. No governo federal não é diferente. É preciso reduzir custos.

Foi para fomentar essa cultura da gestão de custos no setor público que a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) lançou, em novembro de 2017, o Portal de Custos do site Tesouro Transparente (www.tesourotransparente.gov. br). A proposta é que os gestores de todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal utilizem essas informações nos seus processos decisórios, contribuindo para a melhoria da qualidade do gasto público, esclarece Giuliano Passos Cardoso, da Coordenadoria de Informações de Custos.

Quer saber quanto a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) gasta de água e esgoto? Ou a despesa do Ministério de Relações Exteriores com itens de copa e cozinha? Ou ainda quanto sai para os cofres da União manter o corpo funcional da Universidade Federal de Alagoas? Está tudo lá (e muito, muito mais) no Portal de Custos do site Tesouro Transparente, é só acessar http://www.tesourotransparente.gov.br/ visualizacoes/portal-de-custos.

Além do Portal de Custos, o site Tesouro Transparente também traz os painéis Regra de Ouro, Operações de Crédito e Teto de Gastos, todos criados para apoio na gestão pública e que conferem a saudável transparência no uso do dinheiro público. Mas, eles têm outra semelhança: foram desenvolvidos em Qlik, a ferramenta de Business Intelligence (BI) que permitiu reunir dados de diferentes bases e dar a flexibilidade e navegabilidade necessárias para uso por qualquer pessoa.

O painel Operações de Crédito, por exemplo, interessa especialmente para Estados e Municípios. Ali eles podem consultar o histórico de pedidos de verificação de limites para contratações de crédito, conforme estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal. Já o painel Teto de Gastos apresenta quanto os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais gastaram de seu total permitido, de acordo com o Novo Regime Fiscal (NRF).

Operações complexas

Além dos painéis de uso externo, o BI também agiliza e dá mais segurança ao trabalho de pelo menos cem funcionários da STN. Hugo Rezende, Chefe do Núcleo de Análise de Dados e Soluções Informacionais explica que a tecnologia tem colaborado para que técnicos tomem decisões mais rápidas e assertivas, dando agilidade e segurança em operações altamente complexas.

Um bom exemplo é o painel que controla os títulos do Tesouro Direto. Esses títulos são adquiridos por pessoas físicas como forma segura de investimento. Graças à agilidade da ferramenta de BI, os profissionais podem saber, em pouco cliques, a quantidade de investidores, o total de adesões mensais e o total de desembolso previsto para pagamento dos investimentos. “São volumes em milhões e até bilhões de Reais”, resume Rezende para justificar a dimensão da operação.

O Qlik também é usado para controlar projetos na área de Tecnologia da Informação. Nos painéis os profissionais envolvidos podem ver o orçamento previsto e executado, os percentuais do cumprimento das etapas e até o risco dos projetos.

Outra importante função cumprida com apoio do BI é a análise da requisição de operações de créditos de Estados e Municípios. Com a tecnologia, os técnicos podem distribuir da melhor forma possível a carga de análises dos processos de solicitação de operação de crédito.

E assim, com apoio da tecnologia e empenho de sua equipe, a Secretaria do Tesouro Nacional vai fomentando Brasil afora uma nova cultura de controle de gastos públicos, com decisões que se apoiam em informações seguras e atualizadas. O modelo do Portal de Custos, por exemplo, é um sucesso onde é apresentado. Segundo Eric Gonçalves, da Coordenadoria de Informações de Custos, é normal que Secretarias, Ministérios e outros órgãos que conhecem a ferramenta mostrem interesse em utilizá- la para criar portais com informações próprias, dispostas de forma ainda mais minuciosa. É a tecnologia a serviço da transparência e modernização no poder público.