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A estagnação de uma empresa traz o risco de que ela não atenda mais às demandas dos consumidores. A companhia, nesse estágio, é como um animal doente, que será deslocado do bando e apanhado pelos predadores.
Por isso, inovar deixou de ser uma opção e tornou-se uma necessidade. Os empreendimentos de hoje devem acompanhar e, sempre que possível, antever as mudanças do mercado em busca soluções e posições vantajosas.
Com efeito, enfrentar os desafios da gestão de inovação e tirar as ideias do papel devem ser vistos como prioridade por gerentes e diretores.
Continue lendo para entender que desafios são esses e como eles podem ser superados!
O comportamento dos colaboradores é o primeiro grande desafio da gestão de inovação. Isso porque, para que uma transformação aconteça, ela precisa ser abraçada e perseguida pelos profissionais de uma empresa. São eles os protagonistas da inovação.
Logo, a gestão de pessoas é peça-chave para o desenvolvimento de novas práticas, políticas e projetos.
O primeiro comportamento com o qual a administração dos recursos humanos deve lidar é a tendência conservadora. De maneira geral, as pessoas criam vínculos com as situações estabelecidas, especialmente quando, até então, produtos, processos e serviços funcionam.
Nesse sentido, a gestão de inovação precisa convencer os colaboradores da necessidade de mudar, dos riscos de manter certas atividades e dos benefícios de um novo posicionamento.
Essa tarefa não é fácil. Contudo, podemos conscientizar os colaboradores por meio do diálogo e do compartilhamento de informações.
Outro ponto importante é o desenvolvimento de políticas de incentivo à inovação. Um programa com metas e benefícios definidos pode motivar e engajar os colaboradores na concretização de mudanças.
Afinal, além de colherem benefícios diretos, eles poderão acompanhar o progresso das atividades realizadas e perceber que, de fato, as transformações não são meros caprichos, e sim ações efetivas.
Nesse processo de convencer e engajar os colaboradores, os líderes têm um papel fundamental. A influência que eles exercem sobre times e equipes é decisiva na hora de tirar os projetos do papel, muito mais do que as ordens e o poder exercido por cargos de chefia.
Consequentemente, a busca por profissionais com essa característica é um excelente ponto de partida para adequar a gestão de pessoas às necessidades de inovação.
Diante do desafio de implementar ideias novas, os departamentos de recursos humanos ganham um significado diferente dentro da companhia e passam a integrar as decisões estratégicas da empresa. É o que chamamos de RH estratégico.
Esse novo modelo possibilita o direcionamento de recrutamentos, treinamentos, avaliações, programas de benefícios e afins para subsidiar a gestão de inovação e o desenvolvimento de seus planos.
Um último fator que pode tornar a gestão de pessoas mais adequada às necessidades de inovação é o empoderamento dos colaboradores.
Tornar a estrutura da empresa mais horizontal aumenta a participação dos profissionais na concretização das ideias novas. Estes deixarão a condição de coadjuvantes e tomarão a frente na realização dos planos, diante dos novos poderes e responsabilidades.
Consequentemente, estarão mais dispostos a contribuir e ajudar no crescimento e desenvolvimento dos projetos, não só executando serviços, mas também propondo soluções e concedendo feedbacks.
Um segundo grande desafio da gestão de inovação é a mobilização dos recursos, o que se deve, principalmente, aos sacrifícios exigidos pela mudança. Para inovar, abrimos mão de certas práticas e projetos em favor de transformações, bem como de recursos financeiros e pessoais.
Por isso, muitas vezes, há sérias divergências entre os setores de uma empresa sobre os impactos e a necessidade de implementar novos projetos.
Os riscos de inovar são o primeiro ponto de tensão na implementação de uma nova ideia, além de ser uma justificativa padrão para imobilização do negócio. Afinal, as decisões são tomadas com a finalidade de melhorar a situação da empresa, não o contrário.
Ocorre que tais pontos de vista nem sempre são apresentados com base em critérios racionais e, por vezes, o medo ou a comodidade superam outros aspectos.
Sendo assim, a primeira etapa para mobilizar os recursos de uma empresa é trazer a discussão para o campo da objetividade, reunindo demonstrativos, análises de mercados, prognósticos e outros documentos capazes de embasar uma decisão.
Com isso, todos os envolvidos podem comparar os riscos da mudança proposta e da manutenção das práticas atuais.
Uma transmissão adequada de ideais impacta diretamente no número de pessoas dispostas a embarcar em um projeto. A boa comunicação é essencial para que a empresa mobilize recursos em favor da inovação, seja ela de produtos, serviços ou processos.
Por isso, os projetos devem contar com informações claras e objetivas, por exemplo:
finalidade;
justificativa;
viabilidade;
custos;
orçamento;
cronogramas;
planos de execução.
Nesse quesito, algumas práticas são bastante positivas, como design thinking, planejamento de BI e outras ferramentas.
Geralmente, a liberação dos recursos para os projetos de uma empresa depende da aprovação e anuência de diretores, sócios etc.
Por isso, o ideal é que o aspecto financeiro de uma projeto seja o mais detalhado possível, abordando temas como previsão de receita e despesa, escalabilidade e afins. O plano deve ser complementado com estudos financeiros e análises de mercado, além de considerar a necessidade de recursos no longo prazo.
Um terceiro desafio da gestão de inovação é romper a barreira que existe entre o mundo da teoria e o da prática. É, em outros termos, o desafio de dar o primeiro passo.
Felizmente, algumas práticas podem facilitar esse processo e servir de pontapé inicial para mudança. Veja a seguir:
Muitas vezes, uma mudança radical pode encontrar resistência e não ser absorvida adequadamente por colaboradores e consumidores. Afinal, a chamada inovação disruptiva afeta os alicerces de processos, serviços e produtos.
Uma alternativa bastante viável a esse modelo é a inovação incremental, na qual as transformações são implementadas gradual e continuamente até que o objetivo seja atingido.
Por exemplo, enquanto algumas empresas adicionaram de uma única vez computadores em todas as suas áreas (inovação radical), outras implementaram a tecnologia, aos poucos, começando pelos setores em que o impacto seria mais positivo (inovação incremental).
A principal vantagem do modelo incremental é que os primeiros resultados servem de justificativa para ampliação das mudanças.
Uma segunda maneira de tirar as ideias mais rapidamente do papel é elaborar um protótipo ou modelo que contenha as características básicas da inovação proposta.
Um protótipo nada mais é do que uma versão mais simples do produto, realizada com baixo custo, a fim de possibilitar uma análise da viabilidade. Por sua vez, um modelo pode ser um pequeno projeto dentro da empresa, que permite a visualização da inovação na prática, sem grandes consequências em caso de insucesso.
De todo modo, além do pontapé inicial, o principal fator que auxilia a concretização de projetos é a definição de metas e etapas. Conhecendo o trajeto, as ações podem ser colocadas em prática, de modo que, ao atingir os objetivos menores, nos aproximamos do objetivo final.
Com isso e com as demais dicas mencionadas, você conseguirá enfrentar de maneira adequada os principais desafios da gestão de inovação e implementar mudanças positivas na sua empresa.
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