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Governança de dados: o motor da economia verde sustentável

Governança de dados: o motor da economia verde sustentável


Análise de dados

Empresas brasileiras têm as condições ideais para liderar uma revolução voltada para a economia verde. Conforme um relatório produzido pelo Instituto AYA, iniciativa sem fins lucrativos, a transição para uma economia de baixo carbono pode resultar em um crescimento de US$ 230 bilhões a US$ 430 bilhões no PIB do Brasil até 2030.

Tempo de leitura: 7 minutos

A chave para concretizar a transição para a economia verde está na governança de dados. Ao estruturar, padronizar e integrar informações, empresas de diversos setores conseguem medir impactos ambientais, reduzir emissões e tomar decisões sustentáveis com base em evidências. Nesse sentido, ferramentas como inventários de carbono, inteligência artificial e rastreabilidade permitem monitorar escopos de emissão e evitar práticas de greenwashing. 

Portanto, neste artigo, explicamos como conectar dados, tecnologia e inteligência para impulsionar metas ambientais com transparência e eficiência. 

As informações são baseadas no episódio 2×07 do podcast Desvendados, em que Guilherme Tavares e Marilena Cancelier recebem Bruno Yamanaka, Engenheiro Ambiental e especialista em conteúdos do Instituto Akatu, e Marília Damião, gerente de Marketing & Inovação na GreenYellow do Brasil. 

  • Como medir e reduzir impactos ambientais com dados estruturados?
  • Greenwashing: é possível evitar esse risco na sua empresa?
  • Como a inteligência artificial pode contribuir para o desenvolvimento sustentável?
  • Como empresas dos principais setores podem aplicar dados para impulsionar a economia verde?
  • Como a Toccato apoia a sua empresa rumo a uma economia mais verde?

Como medir e reduzir impactos ambientais com dados estruturados?

Antes de tudo, as organizações que buscam atingir metas sustentáveis precisam medir com precisão os seus impactos ambientais. Esse é o papel dos inventários de carbono e de outras ferramentas de diagnóstico, que só se tornam eficientes com a estruturação adequada dos dados.

Marília Damião, gerente de Marketing e Inovação da GreenYellow Brasil destaca essa necessidade: 

“A gente quer consumir menos e melhor […] O inventário de carbono é justamente o dado que é necessário para você encontrar o ROI e achar onde está a maior emissão de carbono.”

A clareza sobre onde e como ocorrem essas emissões é o que permite às empresas agir com precisão. 

Isso exige dados confiáveis, padronizados e governados, ou seja, informações que sigam processos consistentes, tenham responsáveis definidos e estejam alinhados aos objetivos estratégicos da organização. 

+ Qualidade de dados: entenda a importância de otimizar sua gestão

O que é o inventário de carbono? 

Inventário de carbono é um levantamento sistemático das emissões e remoções de gases de efeito estufa (GEE) associadas às atividades de uma organização, produto, evento ou território, durante um determinado período. 

Ele mede, principalmente, a quantidade de dióxido de carbono equivalente (CO₂e) emitido direta ou indiretamente.

Sobretudo, ele é importante para: 

  • Definir metas de redução de emissões com base em dados concretos
  • Manter a conformidade legal em alguns países ou setores
  • Reforçar a transparência e reputação de empresas que divulgam seus inventários como um compromisso com a sustentabilidade e a economia verde
  • Identificar áreas com maior impacto ambiental, orientando ações mais eficazes

O inventário de carbono envolve três escopos principais, segundo o GHG Protocol (protocolo de mensuração para estimar emissão de carbono): 

  • Escopo 1: emissões diretas, como uso de combustíveis em veículos próprios ou processos industriais
  • Escopo 2: emissões indiretas da geração de energia comprada, como eletricidade
  • Escopo 3: outras emissões indiretas, como viagens de negócios, transporte de produtos e uso de bens vendidos.

Segundo Marília Damião, o escopo 3 é o mais difícil de ser monitorado nas empresas, 

“É realmente o que as empresas geralmente não conseguem fazer na sua totalidade, […] que são emissões de terceiros.”

Esse desafio só pode ser superado com governança de dados e uso de tecnologias de rastreabilidade. Soluções baseadas em blockchain, por exemplo, têm sido usadas para acompanhar o ciclo de vida de produtos no setor do agronegócio e na indústria, agregando transparência e confiabilidade.

Greenwashing: é possível evitar esse risco na sua empresa?

Sem dúvidas, um dos principais riscos na jornada ESG é a superficialidade. Empresas que se limitam a ações simbólicas correm o risco de serem acusadas de greenwashing, ou seja, de promover uma imagem ambientalmente responsável sem sustentar essa narrativa com dados verificáveis.

Nesse sentido, a governança de dados se mostra estratégica. Com dados bem estruturados e auditáveis, é possível comprovar reduções reais de emissões, eficiência energética e impacto social. 

Além disso, os dados ajudam a construir narrativas sólidas e confiáveis nos relatórios de sustentabilidade, nos portais de transparência e nas campanhas de comunicação.

Como a inteligência artificial pode contribuir para o desenvolvimento sustentável?

A inteligência artificial (IA) é um catalisador para a transformação sustentável quando aliada à governança de dados. 

De acordo com a pesquisa Sizing the Price of AI, conduzida pela PwC a pedido da Microsoft, a adoção estratégica de IA pode reduzir até 4% das emissões globais de gases de efeito estufa até 2030.  Esse é o equivalente às emissões combinadas da Austrália, Canadá e Japão.

O mesmo estudo estima que a inteligência artificial pode adicionar US$ 15,7 trilhões à economia global durante o mesmo período. 

No setor energético, por exemplo, tecnologias de previsão baseadas em IA já reduzem o consumo de eletricidade, otimizando a produção e distribuição de energia limpa. 

Já na agricultura, algoritmos que analisam dados de satélites e sensores são capazes de monitorar o uso da terra e reduzir emissões. 

Bruno Yamanaka, engenheiro ambiental e especialista do Instituto Akatu, também alerta sobre o impacto ambiental da própria IA. Para ele, é essencial que empresas incluam o uso dessa tecnologia em seus relatórios de sustentabilidade, medindo com clareza seu consumo energético e consequências ao meio ambiente. 

“Frear a inteligência artificial é muito difícil, mas se a gente puder trazer essas provocações para mitigar um pouco desses impactos e fazer com que ela caminhe com a sustentabilidade, é o mundo ideal.”

Como empresas dos principais setores podem aplicar dados para impulsionar a economia verde?

SetorAplicação da governança de dados
IndústriaMonitoramento de emissões e uso de recursos em tempo real.
VarejoOtimização logística e controle de pegada de carbono nos processos de distribuição.
AgronegócioMapeamento de uso de solo, controle hídrico e previsibilidade de safras com base em dados.
Setor públicoElaboração de políticas públicas baseadas em evidências e gestão eficiente de recursos naturais.

Como a Toccato apoia a sua empresa rumo a uma economia mais verde?

A estruturação de dados para sustentabilidade não é simples, mas pode ser facilitada por soluções especializadas. Dessa forma, a Toccato é capaz de auxiliar organizações a traduzirem seus compromissos ambientais em estratégias orientadas por dados, com governança, visualização e integração entre áreas e sistemas.

Definitivamente, o futuro da sustentabilidade depende da colaboração entre setores, tecnologias e inteligência humana.

Para saber mais sobre a relação entre economia verde e governança de dados, assista ao episódio completo do DesvenDados no YouTube. 

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Conheça nosso podcast DesvenDados e mergulhe no universo dos dados! Ouvir no Spotify

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